A pergunta é facilmente respondida, os contrabandistas! Se antes de nossos importadores do seguimento serem obrigados a aumentar seus valores por conta desta ridícula suba no imposto, o mercado negro já oferecia opções a rodo e com preço muito mais baixo, agora sim para eles “os contrabandistas” será o paraíso, até porque já tínhamos preços altos por conta da alta carga tributária brasileira que sempre castigou nosso mercado. Fazendo-nos perder vendas para países vizinhos, o próprio cliente embalado pelo desejo de atualização e cansado de pagar caro para ter produtos legais trazia o produto, e mesmo declarando de forma legal conseguia preços que nós comerciantes sérios não temos como bater.
A indústria nacional em nada ajuda pois é obsoleta e acomodada, com produtos de baixa qualidade. De nada adianta elevarmos preço de produtos que estimulam o uso da bicicleta diariamente, esta errônea idéia de proteger a indústria nacional só ira prejudicar o mercado evadindo divisas de maneira ilegal. Pergunto: por que não tentar melhorar o incentivo de que quem hoje importa para que amanhã se instale no país e fabrique?
Sobre isso, a Aliança Bike: união de importadores e comerciantes do ramo, publicou carta manifesto sobre o valor do novo imposto. Leiam a carta publicada:
A Aliança Bike vem através desta nota manifestar-se contra os aumentos nos impostos de importação de bicicletas e de pneus para bicicletas anunciados pelo governo e publicados hoje no Diário Oficial da União. A entidade, que congrega 45 associados fabricantes, importadores, distribuidores e lojistas - que produzem anualmente um faturamento de R$ 530 milhões, recolhendo conseqüentemente R$ 238 milhões em impostos e gerando 910 empregos diretos - defende ações que promovam o desenvolvimento e o crescimento do setor, beneficiando consumidores, empresas e a sociedade.
Estivemos reunidos com o governo ao longo do processo de análise destas medidas e manifestamos nossa contrariedade. Lamentamos as medidas adotadas e sentimos pelos impactos negativos que tais medidas causarão, impulsionando a inflação, incentivando o descaminho e a evasão de divisas praticado por consumidores que se deparam com um grande diferencial entre o preço praticado no Brasil e o preço praticado nas lojas de outros países, buscando tais produtos no exterior. O rombo nos cofres públicos pode chegar a R$ 33 milhões anuais em impostos que os consumidores deixarão de recolher. As lojas especializadas, geridas por pequenos empresários, são as empresas que melhor promovem o hábito saudável de se pedalar e a prática deste esporte olímpico. Estas lojas empregam 2.700 pessoas e serão as que mais fortemente sofrerão o impacto desta medida.
Mais imposto "NÃO É SOLUÇÃO"!!!
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